Um dia desses estava conversando com o pai de um amigo meu. Perguntei como ele fazia quando ele queria um momento de paz (já que a mulher dele vivia brigando com ele).
Ele disse que se refugiava no sítio…
Lembro que fui uma vez ao sítio dele. Uma casinha minúscula. Cama de uma lado, pia de outro e banheiro separado. Tinha luz elétrica e um pequeno rádio. Nada de televisão, telefone ou aparelho eletrônico.
Fora, na varanda, uma espingarda pendurada no teto e uma vara de pescar. Do lado, um pomar com muito limão, laranja e banana.
A água da nascente, que abastecia a água da casa, abastecia também o pequeno lago cheio de peixes.
E caminhando mais um pouco, havia um riacho de águas limpas e fundo de pedras que daria para ficar sentado tomando uma cerveja.
Na época pensei como poderia ser solitário ficar lá, no meio do mato, sem nada e ninguém por perto.
Hoje, vejo o valor de ter um cantinho da paz. Um lugar em que se possa acordar quando clarear e dormir ao escurecer. Sem televisão falando de trágedias. O rádio, só para escutar o jogo do seu time do coração. De resto, ausente do mundo. Sem internet, sem pressa.
Corremos tanto no nosso dia-a-dia.
Sempre temos que tomar decisões.
Tentamos carregar o mundo e acabamos esquecendo que estamos vivos.
Um momento de paz é necessário.
É envelhecendo que se aprende a viver.
gostei muito desta estostoria moro na cidade de sp + sempre que preseço de paz me refugio no enterior de sorocaba a naturesa nos da paz.